Um novo injetor de contrastes pode revolucionar as autópsias.
As tomografias e as ressonâncias magnéticas podem ajudar na obtenção de dados para estabelecer a causa da morte, evitando a necessidade de abrir o corpo. Além de obter a causa da morte, as imagens também podem servir para fins legais, como nos casos de mortes por assassinatos e para verificar se o tratamento recebido pelo paciente foi adequado.
Entretanto, ainda não há evidências científicas que esses recursos são eficazes. Mas, pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) estão realizando um dos estudos mais ambiciosos nesse sentido. Lá, sob a coordenação do professor Paulo Saldiva, um grupo de cientistas está testando em um equipamento de tomografia formas de fazer autópsia com imagem.
As autópsias com imagem surgiram na medicina legal e teve a Suíça como um centro de desenvolvimento nessa área. Entretanto, o equipamento que injeta o contraste no corpo era muito caro. Assim, para viabilizar o estudo, os pesquisadores da FMUSP desenvolveram com a empresa Braile Biomédica, de São José do Rio Preto, no interior paulista, uma bomba de injeção de contraste por uma artéria na virilha do cadáver, que se espalha em todo o corpo e garante imagens de melhor qualidade. O contraste que é constituído por iodo e polietilenoglicol, um produto viscoso e permite ver rompimento das artérias entre outras coisas.
Fonte: http://revistapesquisa.fapesp.br/2013/06/05/autopsia-digital/